O Mito de Rapa Nui
Para falar sobre a Ilha de Pascoa é importante contar um pouquinho de sua história . Lugar com uma paisagem diferente de tudo, quase sem árvores, com penhascos, muitas pedras vulcânicas e seus Moais espalhados por toda a ilha. Conhecida como umbigo do mundo, por ser o local mais afastado de outras ilhas e do continente. Fica a 3.700 km da costa do Chile. As histórias são muitas, relatos que passam por gerações. Um povo que quase entrou em extinção, mas sobreviveram para contar sua história.
A curiosidade gira em torno dos Moais e do antepassado da ilha. São estátuas que representavam a força dos líderes falecidos das tribos Rapa Nui. Pesam mais de toneladas e estão espalhados por toda a ilha. Eram levados da “Fábrica de Moais”, pedreira Rano Raraku, até os altares (Ahu) de cada tribo. Representavam proteção para seu povo- o espírito do líder estava presente contra o inimigo.
Além da interessante parte histórica, ainda tem a parte geográfica, a ilha foi constituída a partir de três vulcões que emergiram do mar um junto ao outro, a terra é toda feita de pedra ou areia vulcânica, ocupa uma área de 170 km² e sua elevação é de 510 metros.
Para se hospedar, sem dúvidas, o hotel é o Explora, mas que hospedagem é uma experiência de viagem. Com uma arquitetura singular integrada a natureza, é o primeiro da América Latina a receber o certificado LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental).
O Explora Rapa Nui oferece diversas explorações a pé ou de bicicleta, que podem durar uma manhã ou todo o dia. Os guias montam a sua exploração de acordo com suas características e vontades, os graus podem ser de leve até de alta intensidade, aumentando as dificuldades do passeio. Todas são feitas com guia, o que possibilita aprofundar sobre a cultura e geografia local.
No primeiro dia nossa exploração começou na parte da tarde. Visitamos o Ahu Tongariki– altar com 15 Moais; a Praia de Anakena– uma das 03 praias da ilha; o Ahu Akivi– 07 Moais, os únicos que olham para o mar. Trata-se das estátuas dos primeiros sete exploradores enviados para a ilha; Tahai– onde é encontrado o único moai com olhos e Aka Hanga– onde se encontram os moais destruídos.
No segundo dia, acordamos cedo e fomos fazer a trilha até Rano Raraku– um dos lugares arqueológicos mais importantes da ilha de Páscoa, onde está a pedreira aberta em que se realizavam os entalhes dos Moais. Pelo caminho estão vários Moais caídos pelo chão e ao chegar vemos várias estátuas inacabadas ou prontas para serem levadas.
Para o almoço, a equipe do hotel montou um barbecue na costa da ilha, onde almoçamos e vimos o show das ondas batendo nas pedras. Uma experiência maravilhosa!
À tarde partimos para conhecer a cratera do vulcão Rano Kau, um lugar que realmente impressiona bela beleza e ação da natureza.
Próximo a cratera está o antigo centro cerimonial de Orongo (centro cultural do homem pássaro), onde se realizava a cerimônia de maior importância do 2° período da ilha, com 53 casas que eram usadas pelos homens que representavam as tribos durante as cerimônias de concorrência do homem pássaro– o representante vencedor dava a tribo um ano de reinado.
No terceiro e último dia fomos conhecer a cratera do vulcão Rano Raraku, onde algum dia brotou lavas escaldantes e hoje fica uma bela lagoa que atrai pela bela paisagem. Anualmente é onde acontece o Triatlhon de Rapa Nui durante o festival do Tapati, consiste em dar a volta na cratera, atravessar de volta a nado e correr com bananeiras penduradas no pescoço.
Em seguida fomos passear pelas ruas de Hanga Roa– o único povoado da Ilha de Páscoa- e antes de voltar visitamos o Museu Arqueológico– imprescindível para compreender a cultura Rapa Nui. Oferece uma ampla mostra de objetos, incluindo olhos de Moai, objetos de pesca, armas e escritas rongo-rongo, sistema de escrita dos povos da Ilha.
Não conseguimos fazer o passeio para a caverna de Ana Kai Tangata, onde em épocas de guerra os nativos se refugiavam e dentro da caverna é possível ver diversas pinturas rupestres. Se tivéssemos mais tempo, sem dúvidas, seria nosso next stop.
É um lugar que te leva de volta ao passado e aos acontecimentos de séculos atrás. Um destino encantador e que vale a pena conhecer!
